segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Têm sido extremamente proveitosas as discussões propiciadas em nossa escola, principalmente nos encontros do Sismédio, ainda que de forma bastante tímida, sem a participação efetiva de toda a comunidade escolar, algo que é mais do que necessário.
Cabe destacar a necessidade de elaboração de novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, tendo em vista às exigências educacionais. Não podemos ficar de “braços cruzados”, “vendo a banda passar” como se nada estivesse acontecendo. Ficar alheio às novas propostas da educação é “fazer de conta” que ensinamos para um universo de alunos que “fazem de conta” que aprendem. Perceber que o Currículo de outrora não atende mais às necessidades dessa juventude é estar aberto a uma nova proposta de educação e a escola precisa, dessa forma, ser repensada para responder aos desafios colocados pelos jovens. Isso significa que não precisamos rever apenas a organização curricular; precisamos deixar de ser, professores, gestão, alunos e pais, meros coadjuvantes de uma “novela”[1] que se chama educação. Ao usar esse termo, o grupo se posiciona com relação ao “desejo de aulas práticas das disciplinas Física, Química e Biologia, que não ocorrem porque a escola não tem um laboratório equipado para que os professores possam realizar e dinamizar suas aulas” – esse é o desejo da maioria dos alunos do 2º AM. Ou ainda, uma “quadra de esporte digna” para que as aulas de Educação Física saiam das quatro paredes.
Torna-se imprescindível também que nós, professores, deixemos nossa “zona de conforto” e enfrentemos a “avalanche” que têm representado as novas TIC no universo escolar. Deparamo-nos com alunos que têm celulares os mais modernos possíveis e, muitas vezes, não estamos preparados para fazer uso dessa tecnologia; não é um curso meramente teórico que nos fará vencer esse desafio – nosso laboratório de informática, por mais que a gestão disponibilize, não atende ao que nos propomos ou ao que os alunos anseiam, pois as máquinas estão lá, mas não é disponibilizado material humano para manutenção, a internet tem uma conexão lenta, preparamos nossas aulas e saímos de lá “frustrados”, porque nada saiu como planejávamos. Mas os nossos alunos querem “Aulas de Informática” e de Inglês, pois precisam estar preparados para o mercado de trabalho.
Utopia? É óbvio que não. Apenas o anseio de uma juventude ávida por conhecimento que tenha “significado” para eles. “No currículo escolar, deveriam incluir mais aulas práticas, pois só aulas teóricas acabam caindo na rotina e ficando chato. Acabamos assistindo aulas como obrigação, o que dificulta um pouco o aprendizado. Alguns professores deveriam usar mais a criatividade e planejar aulas de entretenimento com base nos assuntos trabalhados em sala.[2]
“Gostaríamos de discutir alguns temas como, por exemplo, algumas profissões que iremos exercer, além de assuntos atuais e interessantes que estejam relacionados com o nosso cotidiano”.[3]
Assim, faz-se necessário um novo “olhar”. “O jovem do Ensino Médio precisa ser percebido como sujeito com valores, comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares”.[4]
É um desafio que precisa ser enfrentado por todos que fazem parte da escola. É difícil, pois o cenário da nossa educação não é nada favorável, mas não é impossível.
Profª Érica Portela





[1] Palavra utilizada pelas alunas Luane, Tatiane, Carolina e Larissa, 2ºAM, Matutino.
[2] Trecho escrito por Thaís, Joyce Carolayne, Láira e Joselito.
[3] Lívia, Mariana e Thainara.
[4] DCNEM, p.155.

2 comentários:

  1. É certo de que as aulas de Biologia,Química e Física entrem no âmbito da prática nos laboratórios, que até são equipados ,no entanto a rede Estadual não dispõem de professores preparados,qualificados para tal ação,visto que a carência de professores na área das exatas é gritante e professores de outras áreas são remanejados para essas disciplinas, a fim de suprir essas carências.

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