terça-feira, 30 de setembro de 2014

Após as discussões com a turma do 2º BM, no dia 30/09/2014, os  grupos escreveram suas expectativas para o Currículo.

“A nossa escola não é uma das piores da cidade como todos falam, mas precisamos da ajuda dos alunos, professores e funcionários para promover as mudanças necessárias.”
Alana, Isabela, Josevane – 2º BM


“Vir à escola está cada vez mais chato e rotineiro, os métodos de ensino estão ultrapassados em relação a nossa época. Queremos algo mais prático e dinâmico. Não temos problemas com as matérias atuais, mas se continuar só copiando no quadro ou usando a TV para substituir essa função, vir à escola só vai se tornar uma obrigação a mais e o aprendizado será cada mais difícil.”
Vítor,  Geovanni, Vanessa, Eraldo – 2º BM

Nós, alunos, estamos satisfeitos com as matérias que compõem nosso currículo, o que contestamos é a forma como essas matérias são ensinadas; não têm atingido as nossas expectativas, pois queremos coisas que nos instiguem a estudar não só em sala, que nos façam querer mais e mais educação. É necessário implementar no nosso currículo o que favoreça nosso aprendizado para o mercado de trabalho.”
Andressa, Laíne, Bianca, Jacqueline, Tailane – 2º BM

“Gosto muito das disciplinas e do modo de ensino; apesar dos problemas que os(as) professores(as) passam, eles estão aqui ensinando. Minha sugestão é acrescentar a disciplina Informática, visto que algumas disciplinas fazem uso de computadores.”
Silas – 2º BM

“Ansiamos um Currículo Escolar em que estejamos preparados para viver no ambiente trabalhista, pois quanto mais experiências tivermos, mais fácil será encontrar um trabalho. Para termos um bom currículo, precisamos de bons professores e de um bom ensino.”
Anderson, Bruno, Cléber, Denilson, Sidnei – 2º BM

“Concordamos com as matérias que compõem o Currículo, mas exigimos mais aulas de Inglês, Informática e Espanhol, pois estamos muito em falta. Já que a escola abriu as portas para discutirmos esse assunto, todos precisam ajudar.”
Michele, Leidiane, Jadiane – 2º BM

“Com relação ao ensino, não estamos muito satisfeitos, pois falta algo que nos incentive a estudar; precisamos complementar os estudos.”
Jônata, Carlos Albert, Valnier Neto – 2º BM

Outros alunos ratificam o que foi exposto pelos colegas.
“A forma que se tem trabalhado com os alunos é antiquada; poderia haver um pouco mais de interação com a tecnologia e assuntos atuais. Isso não se encaixa para todos os professores.

Sugestões de aulas que envolvam e chamem a atenção dos alunos:
     
  •       Mais aulas práticas e dinâmicas;
  •             Assuntos interessantes e da atualidade;
  •             Aulas de Inglês e Informática, importantes para o futuro;
  •             Mais envolvimento com as datas comemorativas.

Esperamos que as coisas por aqui possam evoluir.”


Beatriz, Lorena, Joyce e Jéssica – 2º AM

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Têm sido extremamente proveitosas as discussões propiciadas em nossa escola, principalmente nos encontros do Sismédio, ainda que de forma bastante tímida, sem a participação efetiva de toda a comunidade escolar, algo que é mais do que necessário.
Cabe destacar a necessidade de elaboração de novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, tendo em vista às exigências educacionais. Não podemos ficar de “braços cruzados”, “vendo a banda passar” como se nada estivesse acontecendo. Ficar alheio às novas propostas da educação é “fazer de conta” que ensinamos para um universo de alunos que “fazem de conta” que aprendem. Perceber que o Currículo de outrora não atende mais às necessidades dessa juventude é estar aberto a uma nova proposta de educação e a escola precisa, dessa forma, ser repensada para responder aos desafios colocados pelos jovens. Isso significa que não precisamos rever apenas a organização curricular; precisamos deixar de ser, professores, gestão, alunos e pais, meros coadjuvantes de uma “novela”[1] que se chama educação. Ao usar esse termo, o grupo se posiciona com relação ao “desejo de aulas práticas das disciplinas Física, Química e Biologia, que não ocorrem porque a escola não tem um laboratório equipado para que os professores possam realizar e dinamizar suas aulas” – esse é o desejo da maioria dos alunos do 2º AM. Ou ainda, uma “quadra de esporte digna” para que as aulas de Educação Física saiam das quatro paredes.
Torna-se imprescindível também que nós, professores, deixemos nossa “zona de conforto” e enfrentemos a “avalanche” que têm representado as novas TIC no universo escolar. Deparamo-nos com alunos que têm celulares os mais modernos possíveis e, muitas vezes, não estamos preparados para fazer uso dessa tecnologia; não é um curso meramente teórico que nos fará vencer esse desafio – nosso laboratório de informática, por mais que a gestão disponibilize, não atende ao que nos propomos ou ao que os alunos anseiam, pois as máquinas estão lá, mas não é disponibilizado material humano para manutenção, a internet tem uma conexão lenta, preparamos nossas aulas e saímos de lá “frustrados”, porque nada saiu como planejávamos. Mas os nossos alunos querem “Aulas de Informática” e de Inglês, pois precisam estar preparados para o mercado de trabalho.
Utopia? É óbvio que não. Apenas o anseio de uma juventude ávida por conhecimento que tenha “significado” para eles. “No currículo escolar, deveriam incluir mais aulas práticas, pois só aulas teóricas acabam caindo na rotina e ficando chato. Acabamos assistindo aulas como obrigação, o que dificulta um pouco o aprendizado. Alguns professores deveriam usar mais a criatividade e planejar aulas de entretenimento com base nos assuntos trabalhados em sala.[2]
“Gostaríamos de discutir alguns temas como, por exemplo, algumas profissões que iremos exercer, além de assuntos atuais e interessantes que estejam relacionados com o nosso cotidiano”.[3]
Assim, faz-se necessário um novo “olhar”. “O jovem do Ensino Médio precisa ser percebido como sujeito com valores, comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares”.[4]
É um desafio que precisa ser enfrentado por todos que fazem parte da escola. É difícil, pois o cenário da nossa educação não é nada favorável, mas não é impossível.
Profª Érica Portela





[1] Palavra utilizada pelas alunas Luane, Tatiane, Carolina e Larissa, 2ºAM, Matutino.
[2] Trecho escrito por Thaís, Joyce Carolayne, Láira e Joselito.
[3] Lívia, Mariana e Thainara.
[4] DCNEM, p.155.


Elaborar Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio se faz necessária, em virtude das “ novas exigências educacionais decorrentes da aceleração da produção de conhecimentos, da ampliação do acesso às informações, da criação de novos meios de comunicação e as mudanças de interesse dos jovens, sujeitos dessa etapa educacional.”

       Nos dias atuais, os estudantes do Colégio Polivalente procuram a escola  visando  ao mercado de trabalho (Educação Profissional) ou à preparação para o ENEM e consequentemente, à Universidade. O aprendizado dos conhecimentos escolares tem significados diferentes conforme a realidade do estudante.  Com o advento das Novas Tecnologias em suas vidas, o estudante do Polivalente  está inserido neste momento único da realidade mundial e procura conquistar seu espaço.O nosso aluno sabe o que quer,como percebemos no depoimento de Jean Mendes (terceiro ano A),só não sabe como  consegui-lo.

       Para responder a esses desafios, é preciso a reorganização curricular e a formulação de diretrizes filosóficas e sociológicas para essa etapa de ensino, oferecer profissionais capacitados  e preparados para suprir  as reais necessidades desses estudantes,além de suporte financeiro para que as Instituições de Ensino possam fazer o seu trabalho, a fim de que não continuemos  no faz-de-conta  .

Professora: Almira dos Reis


domingo, 28 de setembro de 2014

ATIVIDADE CURRICULAR EM DISCUSSÃO

Aluno: Jean Mendes       terceiro  ano A matutino 

          “Observo que atualmente têm alguns professores despreparados para ensinar a disciplina e mesmo assim estão ensinando. A matéria de Filosofia é crítica,mas na prática isso é pouco desenvolvido.Nós,alunos,deveríamos ser preparados para enfrentar o ENEM .No entanto, percebo que não estou preparado.Não escrevo bem porque não fui preparado para isso. Infelizmente a escola não cumpre seu papel.”

Aluno: Emerson Rodrigues      terceiro  ano  A matutino

         “ Vejo que falta ser ensinada a disciplina de Informática no curso regular porque é necessária para o nosso dia a dia e o mercado de trabalho exige.Não precisa tirar nenhuma das disciplinas existentes no curso.”

Aluna: Gabriela da Silva Leal       segundo  ano TND  matutino

         “ De acordo com as opiniões gerais das minhas colegas, a forma de educação dessa instituição educacional é uma forma razoável de ensino.Mas se formos parar para analisar ,nada disso é verdade,pois os cursos técnicos ( TND,TMA, TAC,TST)aqui existentes não apresentam vínculo com a realidade da comunidade,não há campo nem para estágio no meu curso.No curso de Técnico em Análises clínicas não há um professor que tenha formação nessa função.Se essa instituição quer realmente colocar profissionais qualificados no mercado  de trabalho, eu sugiro que tenha um olhar mais aplicado sobre esses problemas. E o Estado...Basta lembrar que essa semana  houve uma pesquisa divulgada na TV sobre o ensino nos  Estados brasileiros e o Estado da Bahia teve o pior índice dos últimos anos.Isso quer dizer que o Estado deve se preocupar com isso e rever o conceito do ensino que hoje está sendo realizado, deve investir na nossa educação,pois a forma como nos ensinam hoje é o que vamos praticar no amanhã.”

Aluna: Mônica Iara Gonçalves de Jesus    segundo  ano TND  matutino

          “Não sei por onde começar,mas vamos lá.Como uma das alunas do Polivalente venho expressar minha opinião.Tanto nas matérias específicas do meu curso,como nas demais matérias venho observando ausência,uma completa ausência de professores e de assunto também.
          Faltam professores e os que estão ensinando( nem todos,é bom lembrar) deixam muito a desejar. No geral,poucos alunos aprendem_aqueles que querem realmente algo no futuro. Não há professores das matérias específicas   dos cursos orientando os alunos.Além disso não há aqui no município  espaço suficiente para todos os jovens que estão estão sendo lançados no mercado de trabalho.Precisamos de professores especializados ,presentes e com verdadeira vontade de ensinar.
          Para falar a verdade ,o Estado deveria nos oferecer professores realmente preparados e um ensino de qualidade como eles dizem na propaganda eleitoral. Há muito o que melhorar no ensino público e o fato de não termos dinheiro para estudar em escola particular não significa que somos incapazes de ser cidadãos de grande valor.”





         


SISMÉDIO: DISCUTINDO O CURRÍCULO DO COLÉGIO POLIVALENTE

          A prática pedagógica deve ser interativa,dinâmica,participativa, com atenção especial aos objetivos traçados . Estes refletem de uma forma ampla um nível de aprendizagem que o professor pretende alcançar ,considerando os sujeitos do processo,o local do aprendizado, as interferências externas  e a cultura educacional existente.
         No entanto, a prática pedagógica vivenciada em nossa unidade escolar reflete ainda um currículo compartimentalizado em disciplinas que deveriam dialogar e na prática estão desvinculadas.Além dissso ,a cultura digital existente dentro e fora da unidade escolar exige uma metodologia diferenciada ,com mais otimização de tempo , acesso à informação e dinamismo.

Professora: Angélica dos Reis